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domingo, 10 de julho de 2011

Agentes de Endemias decidem manter a greve.

Os agentes municipais de endemias decidiram, em assembleia realizada sexta-feira passada, não recuar às ameaças de corte de ponto feitas pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e permanecerão em greve por tempo indeterminado.
 
Os motivos pelos quais os servidores deflagraram mais uma paralisação foram os descumprimentos dos acordos que puseram fim ao movimento grevista anterior, ocorrido em abril.

Em nota, o secretário do Sindicato dos Agentes de Endemias (Sindas RN), Cosmo Mariz, afirmou que "mesmo cientes da possibilidade da prefeitura pedir a ilegalidade e de determinar o corte no ponto, a Categoria não se intimidou e deliberou por maioria dos presentes, a manutenção da greve por tempo indeterminado".
 
A decisão foi tomada após a leitura do Ofício nº 3106/2011-GS/SMS assinado pela secretária municipal de Saúde, Maria do Perpétuo Socorro Lima Nogueira.

No documento, a secretária afirma que "o pagamento da primeira parcela do auxílio alimentação instituído pela Lei nº 6.271, de 01 de julho de 2011, será realizada no máximo juntamente com a folha de pagamento do mês corrente (julho de 2011) quando todas as presenças em campo já estão apuradas. No parágrafo seguinte, a secretária reitera que a SMS não concederá abono dos dias paralisados, podendo ocorrer somente a compensação mediante o trabalho em horário extraordinário.

Os Agente reivindicam o pagamento do auxílio alimentação, correspondente ao valor de R$ 10 por dia trabalhado, a entrega do fardamento e o pagamento de 1/3 das férias. De acordo com Cosmo Mariz, a  categoria ficou visivelmente revoltada com a proposta de compensar os dias parados e por voltar sem o dinheiro do auxílio alimentação no bolso.

Na reunião na qual os agentes decidiram manter a paralisação, a Secretaria Municipal de Saúde estava representada através do assessor jurídico, Thobias Bruno Gurgel Tavares. Segundo Cosmo Maris, o assessor jurídico informou que a Promotoria de Defesa Saúde, pediu ao Procurador Geral do Município, para assinar conjuntamente a petição da ilegalidade da greve.

"Nós entendemos isso como uma afronta aos agentes. A Promotoria da Saúde estava presente à mesa  de negociação onde foi feita o acordo para acabar a greve em maio", afirmou Cosmo Mariz. Amanhã, os agentes de saúde realizarão mais uma assembleia para discutir o andamento da greve. Esta é a segunda paralisação dos agentes em menos  de dois meses.
 
FONTE:  Tribuna do Norte. 

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