Os meses de calor intenso são os mais propícios para a incidência de casos de dengue no Rio Grande do Sul e é nessa época que existe a necessidade de intensificar a fiscalização. Em Carazinho, felizmente, desde o ano de 2008 não são encontrados focos do Aedes Aegypti, mosquito transmissor da doença.
Mas, embora o município esteja fora da área de risco, sempre existe um aumento da fiscalização no início do ano. Porém, o diretor da Vigilância Sanitária, André Prado, comenta que o número reduzido de agentes está tornando essa tarefa complicada.
(Diretor da Vigilância Sanitária afirma que, para intensificar os trabalhos, é preciso contratar mais profissionais / FOTO FRANCINE OLIVEIRA)
Hoje, Carazinho conta com um total de 10 agentes trabalhando no monitoramento dos imóveis e conscientização da população. De acordo com o diretor, foi solicitada a contratação de mais sete agentes, mas a Administração Municipal ainda não deu uma previsão de quando esses profissionais serão disponibilizados.
O prefeito municipal, Aylton Magalhães, afirma que existe vaga para mais quatro ou cinco agentes de endemias e esses profissionais já foram selecionados no último concurso público. “No momento que o município for ameaçado e viermos a precisar, esses agentes poderão ser convocados imediatamente, para auxiliar na ampliação do trabalho”, salienta.
Porém, o responsável pela Vigilância Sanitária destaca que “seria preciso realizar essas contratações imediatamente, pois essa é uma atividade que demanda tempo, sendo necessário um treinamento e capacitação prévia, além de uma certa experiência no trabalho”. Ele comenta que “o ideal seria estar com a equipe formada já que, nessa época, a vigilância sempre é intensificada, mas com o número reduzido de agentes essa ampliação se torna impossível”.
Segundo Prado, em cidades que não tem infestação da doença, as normas do Programa Nacional de Controle da Dengue obrigam que seja realizado a vistoria em apenas 10% das casas, mas em Carazinho são visitados, no mínimo, 50% dos imóveis a cada quatro meses. “Se o município for considerado área de risco, é obrigatório que sejam vistoriadas 100% das residências e, nesse caso, considerando o número de imóveis, precisaríamos de 24 agentes e não 17 como estamos solicitando”.
(No mês de janeiro foram 5.691 visitas em residências, pontos comerciais e armadilhas / FOTO FRANCINE OLIVEIRA)
Os números de 2011
No mês de janeiro, foram realizadas 5.691 visitas em residências, pontos comerciais e armadilhas colocadas pela Vigilância em todo município.
Destas, 92 foram em pontos estratégicos. Prado destaca que esses pontos estratégicos são os locais onde existe maior risco de serem encontrados focos do mosquito, como borracharias, cemitérios e empresas de transporte. Nos locais visitados foram inspecionados 52.665 depósitos, que são locais com água parada e vulneráveis a proliferação do mosquito. Desses, 29.694 foram eliminados.
O diretor da Vigilância Sanitária comenta ainda que outro motivo para a intensificação da fiscalização é a Expodireto Cotrijal. Ele afirma que, com a movimentação de visitantes na feira, a região ficará mais vulnerável, pois “receberemos veículos de várias localidades”.
Medidas preventivas
A única forma de combater a doença, com certeza, é a prevenção. O responsável pela Vigilância no município lembra que as formas de prevenir possíveis focos de dengue são aquelas já conhecidas pela comunidade em geral, como evitar água parada; esvaziar e escovar, sempre que possível, as paredes internas de recipientes que acumulam água; manter totalmente fechadas cisternas, caixas d`água e reservatórios provisórios; não acumular latas, pneus e garrafas e encher com areia os pratinhos das plantas, entre outros.
Adotando essas medidas simples é possível fazer com que a dengue fique longe de nossas casas
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