Os agentes comunitários de saúde (ACS) de São Gonçalo-RJ, paralisaram parcial ou totalmente as suas atividades nos postos de saúde no dia 03 de abril do corrente ano. Não foi uma decisão fácil de ser tomada, pois sabemos das enormes carências em saúde dos cadastrados no programa de Estratégia de Saúde da Família. A decisão foi difícil, mas necessária.
A paralisação tem como objetivo garantir direitos básicos dos trabalhadores brasileiros que são negados aos ACS do município. Tais como recolhimento do FGTS, INSS, abono salarial anual e contribuição de nosso fundo de previdência e o regime estatutário. Mas não é só isso. A paralisação se fez necessária por razões muito maiores e urgentes para a população gonçalense.
Quem usa os serviços públicos de saúde conhece bem as dificuldades de atendimento. Falta o básico nos postos de saúde, desde médicos a medicamentos. A secretaria de saúde não tem se mostrado sensível a estes problemas que se arrastam por anos, inviabilizando um tratamento digno a quem precisa, deteriorando as condições de trabalho dos profissionais envolvidos na preservação do bem-estar das pessoas.
Diz o ditado que com boa vontade tudo se resolve. Os ACS reivindicam ações mais inteligentes das autoridades municipais em saúde preventiva, que é mais barata e mais eficaz. O prefeito Neilton Mulin ainda como candidato mostrou-se preocupado com a saúde no município abraçando as reivindicações dos ACS. Porém, hoje, o prefeito se nega a dialogar com os profissionais de saúde e achar uma solução para os graves problemas da área.
Nenhum ACS quer continuar com a paralisação, o que causa angústia e preocupação em todos. Mas não há outra forma de chamar a atenção da sociedade e do governo. É dever do poder público garantir o acesso e a qualidade do atendimento à saúde. Exigimos isso como profissionais e cidadãos.
FONTE: informativo impresso Sinacs-rj. Maio de 2014.
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