Na pandemia, o trabalho dos agentes comunitários de saúde
precisou se adaptar e ganhou ainda mais importância.
Eles não param. Os agentes de combate a endemias estão à
procura de um velho inimigo: o Aedes Aegypti.
São mais de 300 mil profissionais espalhados em todos o
país. Com a pandemia da Covid-19, o trabalho mudou.
“A gente está evitando ao máximo entrar nas casas para não
ter contato com o morador, não é? Para nem a gente poder transmitir o
coronavírus para eles e nem eles para gente”, diz o agente de saúde ambiental e
combate a endemias Roberval Gomes da Silva.
As visitas servem também para dar orientações sobre o
combate ao novo coronavírus.
O trabalho deles nunca foi tão essencial. Os profissionais
chegam a locais esquecidos das periferias. Muitas vezes são a principal fonte
de informação sobre a Covid-19 para os moradores. E mais do que isso: eles são
o elo que liga as pessoas da comunidade aos serviços de saúde.
Os agentes comunitários de saúde reforçam este batalhão, que
agora têm mais uma função: fazer uma busca ativa, ou seja, encontrar doentes
com sintomas dentro de casa.
“A gente procura muito ir na casa de idoso, porque é um
grupo de risco. Gestante, crianças. Vai várias vezes para ver como é que eles
estão”, conta a agente comunitária de saúde Rose Carvalho.
A Rose encaminhou o marido da Waldelene Carvalho para o
tratamento da Covid-19. Ele está em isolamento, dentro de casa. E a família é
só gratidão à agente de saúde.
As unidades de saúde da família são a porta para quem
procura atendimento nas comunidades - para todo tipo de doença. Ali, a rotina
também mudou. Não tem gente esperando. As consultas são com hora marcada. Todos
usam máscara. Pré-natal, planejamento familiar, vacinação - estes serviços
continuam. Mas com receio da pandemia, as consultas caíram praticamente pela
metade.
“O retorno a gente vai ter muito mais trabalho. Que a gente
vai ter que resgatar a história de cada um neste momento de parada”, diz a
enfermeira Valéria Menezes de Albuquerque.
A Ana Paula Gonçalves passou 20 dias internada com Covid e
está de volta ao campo de batalha para zelar pela saúde das pessoas.
“Você sabe que aquele seu trabalho você pode salvar vidas.
Está entendendo? Então para mim é muito satisfatório”, diz a supervisora do
Programa de Saúde Ambiental.
FONTE: G1
Um comentário:
Parabenizo pelo espaço, onde muitas vezes estes profissionais são esquecidos, aqui passam a serem valorizados pois é o próprio SUS no contato direto com o cidadão.
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