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terça-feira, 31 de janeiro de 2012

TIRO E TUMULTO EM MANIFESTAÇÃO.

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Pedras e outras barreiras proibiam o acesso na Pontes Vieira até as 16h

Durante a manifestação de servidores municipais, uma pessoa armada atirou no grupo, mas não houve feridos

Deveria ser apenas mais uma das tradicionais manifestações de trabalhadores em greve em frente à Secretaria de Administração do Município (SAM), na Avenida Pontes Vieira esquina com a Desembargador Moreira. Entretanto, tiros e tumultos tornaram o clima mais tenso que de costume, causando desespero em que passava no local, durante o fim da manhã de ontem.

A ação ocorreu durante mobilização de Agentes Comunitários de Saúde e de Endemias da Capital.

Segundo relato da diretora executiva do Sindicato dos Agentes Comunitários e Sanitaristas do Ceará (Sinasce), Lia Sousa, um homem que, segunda ela, se apresentou como sendo policial, avançou contra a multidão que fechava toda a via. "Ele jogou o carro em cima da gente, gritou e chegou até a mostrar um revolver. Atirou para cima e por pouco não acerto em ninguém. Imagina o risco grande corremos?", relata, angustiada, Lia Sousa.

Além do susto, alguns manifestantes ainda relataram fraturas e traumas nas pernas e braços por conta da velocidade da batida do veículo particular. "Por pouco não morri. Eu pensei que ia ser atropelada. Se já não bastasse o desrespeito do poder público com a gente, vem um louco e machuca a gente", afirma a agente comunitária Maria das Dores Paixão, 33. A trabalhadora apresentou manchas roxas nas costas e também nas coxas.

Conforme o grupo, até o fim da tarde de ontem, o cidadão armado não havia sido identificado ainda. A Secretaria de Segurança Pública e Defesa Social (SSPDS) comunicou que não recebeu nenhuma ocorrência desse tipo e não reconhece a ação. A Polícia Civil também não confirma que o tiro tenha saído da arma de algum membro da corporação. Um dos vídeos, gravados pelos manifestantes, chega até a identificar o tal homem, revela a arma e apresenta a placa do veículo de cor branca, numeração NUS-9203, de Fortaleza.

Trânsito

Outro transtorno foi o grande congestionamento que se espalhou por toda a Avenida Pontes Vieira. Os dois lados da via, nas proximidades da Assembleia Legislativa, ficaram interrompidos até por volta de 16h. Pedras, veículos, motos e demais barreiras proibiam o acesso.

Não faltou, é claro, muita reclamação dos motoristas e buzinaço dos mais impacientes. Trabalhadores e estudantes, que tentavam se deslocar na hora do almoço, foram os mais prejudicados com o fluxo todo parado.

A dona de casa Samanta Torres, 42 anos, diz ter perdido a paciência. O simples trajeto da escola para a casa, que normalmente durava 10 minutos, durou quase uma hora de muito calor e dor de cabeça. "Toda semana tem trabalhadores fazendo greve e atrapalhando o trânsito. A Prefeitura devia logo pagar melhor esse pessoal para evitar tantas manifestações de uma vez só", reclama Samanta.

Com o desvio dos carros que não podiam seguir pela Pontes Vieira, as ruas secundárias também seguiram congestionadas.

Negociação

Após aglomeração na manhã de ontem, o grupo foi recebido por gestores da SAM. A pauta principal do grupo, de acordo com o diretor de base do Sinasce, Hélio Castro, seria um aumento real salarial de 33%, isonomia salarial entre agentes comunitários de saude e os de endemia, maior ajuda de custo, melhorias no fardamento e nos instrumentos de proteção. "Nem um simples protetor solar de qualidade a gente ganha. Pedem que a gente faça 16 visitas por dia, andando a pé e no sol quente. É muito para um dia só, cai até a qualidade do nosso atendimento", reclama Castro. Ao final da reunião de ontem, o sindicato anunciou que a greve, iniciada desde sexta-feira, continua. De acordo com o grupo de servidores, nenhum dos pontos foram atendidos a contento pelos mais de 4 mil trabalhadores da área de saúde.

A SAM informou que a Prefeitura Municipal de Fortaleza está em negociação com as entidades representativas dos servidores e empregados municipais, concentrando todos os esforços para chegar a um entendimento sobre a negociação salarial 2012 com as categorias.

A gestão apresentou, no último dia 30 de janeiro, as seguintes propostas: de data-base para janeiro de 2012, renovação das cláusulas do Acordo de Trabalho vigente, agilizar o processo de aquisição de fardamento e protetor solar, implementar medidas de melhorias das condições de trabalho, projeto de Lei sobre o Assédio Moral e encaminhamento do projeto de lei para os Planos de Cargos e Salários.

Quadro

4.095
servidores compõem a atual categoria dos agentes comunitários de saúde e endemias, segundo Sindicato dos Agentes Comunitários e Sanitaristas do Ceará (Sinasce)

33% é o pedido de aumento salarial real exigido pela categoria em greve desde a última sexta feira. Além disso, eles pedem isonomia e melhorias no fardamento

IVNA GIRÃOREPÓRTER

FONTE: CIDADE DIÁRIO DO NORDESTE.

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