ACS e ACE ocupam calçada da PMA (Fotos: Portal Infonet)
Reajuste salarial é um dos motivos da paralisação dos agentes.
Cerca de 600 agentes comunitários de saúde (ACS) e de combate as endemias (ACE) ocuparam, na manhã desta sexta-feira, 17/01, a calçada do Centro Administrativo Prefeito Aloísio Campos, sede da Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA). Eles reivindicam melhores condições de trabalho e reajuste salarial, conforme o estabelecido na Portaria 260/13, do Ministério da Saúde (MS).
Segundo o presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e de Combate às Endemias do Município de Aracaju (Sacema), Roberto Messias da Silva, a manifestação se dá no terceiro dia de paralisação das categorias e conta com a adesão de 70% dos funcionários municipais.
“A portaria que determina o incentivo financeiro no valor de R$ 950, garantido a todos os ACS e ACE, não está sendo cumprida, ao contrário do que acontece em outros municípios brasileiros. Almejamos também melhores condições de trabalho, já que a falta de materiais utilizados para o exercício das funções é uma problemática enfrentada diariamente pelos trabalhadores”, declarou Roberto.
Presidente do Sacema almeja nova reunião com secretários municipais.
O presidente do Sacema ressalta ainda que, após paralisações, reuniões foram realizadas no último mês de dezembro, com secretários municipais da Saúde, Governo e Administração. “Nesse período tivemos resolvido o problema do fardamento a usado pelas categorias, através da aprovação de um projeto de lei que garante o auxílio anual de R$ 400 destinado a cada agente”, acrescentou.
Para agente de combate às endemias, Joana D’arc dos Santos, a carência de recursos para a plena atuação dos profissionais representa o desrespeito da gestão pública municipal. “Faltam até colas para postar fichas nas residências visitadas pelos agentes. Além disso, o fardamento autorizado por meio de um projeto de lei não nos foi entregue ainda e com isso, as comunidades aracajuanas perdem”, denunciou Joana.
Joana D’arc denuncia carência de recursos para a plena atuação dos profissionais.
Novas mobilizações
Outras paralisações lideradas pelos ACS e ACE estão previstas para este mês de janeiro. “No próximo dia 21, às 7h, realizaremos um protesto no bairro Santa Maria, em função da demolição da Unidade de Saúde da Família Osvaldo Leite, cujos serviços agora passam a ser disponibilizados no Centro de Saúde Elizabeth Pita, o que causa transtornos aos usuários e aos profissionais”, assegura Roberto Messias.
Uma caminhada deverá ser realizada pelos agentes no próximo dia 22, às 7h, saindo da praça principal do bairro Santos Dumont e destino a ser traçado. Em seguida, no dia 26, também a partir das 7h, os ACS e ACE realizarão uma caminhada pela Orla de Atalaia. Na ocasião, eles ainda farão panfletagens.
PMA
Conforme parecer da assessoria de comunicação da Secretaria Municipal de Governo (Segov), na reunião realizada com líderes das categorias e secretários municipais foi decidido que o reajuste salarial seria viabilizado após aprovação do piso nacional de R$ 950. No que diz respeito ao projeto de lei, o assessor declara que se há aprovação do mesmo, haverá envio de recurso no valor de R$ 400, destinados ao auxílio fardamento e que, além desse, os agentes que lidam com produtos químicos receberão um adicional de R$ 250. O assessor acrescenta que, a depender da dinâmica da PMA em função do falecimento da irmã do prefeito João Alves Filho, uma nova reunião poderá ocorrer nesta sexta-feira, 17/01.
Por Nubia Santana
fonte:http://www.infonet.com.br/saude/ler.asp?id=153577
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