Em protesto contra o descaso da gestão municipal, os agentes comunitários de saúde de Mari/PB, brejo paraibano, distante 80 km de João Pessoa, decretaram greve e ocuparam o prédio da secretaria de saúde na tarde do dia 1º.
Os agentes de saúde reivindicam a correção salarial devido ao fato de que há quatro meses o Ministério da Saúde corrigiu o valor do repasse feito ao município para pagamento desses profissionais e a prefeitura simplesmente ignorou o fato e não corrigiu o salário.
De acordo com Ricardo Alves, agente de saúde de Mari e vice-presidente do sindicato, o ato é conseqüência da falta de diálogo da gestão que faz pouco caso das demandas dos servidores.
Segundo o mesmo seus companheiros precisaram forçar uma reunião com procurador do município Dr. Teotônio há três meses, que na ocasião informou que a gestão faria uma reunião com os agentes de saúde no mês de setembro para propor o percentual da correção salarial dos agentes, entretanto esta reunião nunca aconteceu.
Só depois de muita pressão dos agentes de saúde desde o último dia 31, foi possível conversar com a secretária de saúde, com o procurador do município e finalmente com o prefeito Antônio Gomes. Mas as conversas se mostraram infrutíferas, pois a gestão se recusa a fazer a correção salarial, pedindo para conversar apenas em dezembro e sem se comprometer em pagar a diferença salarial retroativa a este período.
Para Edivaldo Miguel, presidente do SINDACSACEN- Sindicato dos Agentes Comunitários de Saúde e Agentes de Combate as Endemias de Sapé e Região, a situação ficou insustentável devido ao descaso e a tirania da gestão que se recusa a negociar com os trabalhadores. “Nossa parte foi feita no sentido de dialogar, forçamos reunião, enviamos ofícios, mas ninguém consegue falar com o prefeito e a palavra do Dr. Teotônio que sempre dificulta as coisas tem peso de lei em Mari”. Finalizou.
O secretário de juventude da FETRAM-Federação dos Trabalhadores Públicos Municipais da Paraíba e da direção da CTB/PB, Biu de Sapé, esteve acompanhando toda a mobilização e as entidades irão procurar imediatamente entrar com ações na justiça para reverter à situação, garantindo assim o que determina a lei.
FONTE: Diamante em foco
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