De acordo com a coordenadora do programa de combate à dengue na cidade, Melissa Vautier, as equipes têm dificuldades de entrar principalmente nos apartamentos. “A maioria fala que está ocupada, de saída ou simplesmente não permite a vistoria do agente”, diz.
Quando há recusa ou impossibilidade de vistoria, os agentes retornam aos imóveis até que o índice de pendências seja reduzido a 15%. Até novembro, o município registrou 17 casos autóctones (contraídos na cidade). Em 2007, foram quatro; no ano passado, 20. O aumento, afirma a Prefeitura, pode ser justificado pela alta densidade demográfica.
Levantamento da Secretaria Estadual da Saúde realizado em setembro, mostra que 283 municípios paulistas, entre os quais, São Bernardo, São Caetano e Diadema, podem enfrentar epidemia causada pelo mosquito Aedes aegypti.
Em Diadema, cerca de 45% das casas deixam de ser inspecionadas a cada vistoria promovida pelos agentes de zoonoses. Nos prédios de apartamentos, somente 20% são checados durante a semana; a maioria
encontra-se fechada.
Para driblar o problema, as equipes negociam com os síndicos para realizar as visitas nos sábados.
Mesmo assim, o índice de imóveis vistoriados fica em 50%.
“Hoje o principal problema que enfrentamos não é a recusa, que gira em torno de 5%, mas a falta de alguém para atender o agente”, explica o veterinário e chefe do serviço de zoonoses da cidade, Sandro Corumbá.
Há três meses, nova estratégia foi adotada. “Agora são os agentes de Saúde que visitam os imóveis residenciais, pelo fato de eles estarem sempre em contato com os moradores. Os agentes de zoonoses checam os imóveis comerciais.”
De janeiro até o início da semana passada, foram notificados 833 casos de dengue em Diadema, dos quais 471 foram descartados, oito estão em análise e 362 foram confirmados – sendo 273 autóctones e 89 importados. Em 2010, foram 277 casos confirmados – 167 autóctones e 110 importados.
SÃO BERNARDO
Embora também registre dificuldade em vistoriar as residências, a Prefeitura de São Bernardo informa que essa situação varia muito de bairro para bairro e não há indicadores específicos. “Temos encontrado dificuldades em ingressar especialmente em condomínios de alto luxo ou em áreas nobres, como o bairro Anchieta, onde alguns proprietários se recusam a permitir a entrada”, diz a chefe da Divisão de Veterinária e Controle de Zoonoses da cidade, Fabiana Paniagua.
Em 2010, foram registrados 89 casos autóctones e 235 importados, sem óbitos na cidade. Neste ano, até o dia 7 de novembro, foram 91 casos autóctones e 86 importados.
Em Santo André, a média de recusa e imóveis fechados varia de 25% a 30%, dependendo da região, horário e dia da semana. A porcentagem em Mauá chega a 40%. Segundo a Prefeitura de Ribeirão Pires, praticamente não há recusa de nas visitas.
FONTE: DIÁRIO DO GRANDE ABC.
Nenhum comentário:
Postar um comentário