MINISTRA IDELI E VICE PRESIDENTE TEMER FORAM ESCALADOS POR DILMA
PARA NEGOCIAR COM A BASE ALIADA.
Ao menos quatro propostas tiram o sono da presidente, uma
delas é a proposta de regulamentação da EC/63, que criará as diretrizes dos
planos de carreira e fixa o valor de um piso salarial nacional para os agentes
comunitários de saúde e de combate às endemias.Preocupada com o impacto de
projetos que aumentem os gastos em uma economia combalida, a presidente Dilma
Rousseff vetará quatro projetos que, caso sejam aprovados, representarão um
gasto extra de R$ 62,2 bilhões por ano aos orçamentos públicos da União, de
estados e municípios. O risco de um desgaste com o Congresso e a população em
um ano pré-eleitoral não ameniza a convicção presidencial, reforçada pelo
péssimo resultado do superavit primário nos primeiros nove meses do ano — R$ 44
bilhões, o menor desde 2009, o que representa uma queda de 57% em relação ao
mesmo período de 2012. Nem mesmo os sinais enviados pelo presidente do Senado,
Renan Calheiros (PMDB-AL), de que impedirá a aprovação das propostas na Casa
acalma os ânimos palacianos. “Ele prometeu, mas é sempre arriscado confiar em
promessas nesta época do ano”, disse um aliado da presidente.
A situação mais urgente é a PEC dos Agentes da Saúde,
prevista para entrar na pauta da Câmara no dia 12/11/2013. Apesar de considerar
perdida a batalha na Casa, Dilma escalou a ministra de Relações Institucionais,
Ideli Salvatti, e o vice-presidente da República, Michel Temer, para amansar a
base aliada no Congresso. Na última quarta-feira, a dupla se reuniu, a portas
fechadas, com líderes de PMDB, PDT, PT, PTB, PRB e PP no Planalto. Vice-líder
do governo na Câmara, o deputado Luciano Castro (PR-RR) explicou que a
“preocupação” da Presidência não afetará na votação da proposta, marcada para
12 de novembro. “Assim que o PL 7.495/2006 for tocado para plenário, ele não
escapa. Será aprovado”, afirmou.
O parlamentar alega que os agentes comunitários de saúde influenciam
as decisões do eleitorado porque têm um contato intenso com a população. A
aprovação da lei beneficiará mais de 184 mil profissionais da categoria, além
de 60 mil agentes de combate às endemias. “O governo federal entende que essa
decisão é irreversível”, disse o líder do PDT na Câmara, André Figueiredo (CE).
O pedetista afirmou que a matéria pode onerar, por ano, R$ 700 milhões aos
cofres públicos. No entanto, o governo federal estima a conta total em R$ 2,5
bilhões. “Não é isso tudo, não. Nós temos a responsabilidade de não gerar mais
despesas para o governo”, alegou o pedetista.
Um cacique do PMDB afirmou que o grande temor do governo
federal é que prefeitos e governadores não tenham fôlego para arcar com os
custos e batam à porta da União para pedir ajuda. O peemedebista aposta que a
base aliada terá maturidade política para avaliar caso a caso, mas que, em
relação aos agentes de saúde, não há como recuar, pois os parlamentares já
firmaram compromissos com os profissionais do setor. “Os próprio deputados do
PT devem aprovar o PL dos Agentes de Saúde”, disse uma fonte da Presidência.
Publicação: 01/11/2013 10:46 Atualização: 01/11/2013 12:11
Um comentário:
Eu acs de Cuiaba temo que esses senhores do poder nos traía outra vez já não mais suportamos a espera acredito na forças dos Acs e Ace tamo junto sempre
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