FOTO: DIVULGAÇÃO.
Nove profissionais de vacinação da pólio, todas mulheres, foram mortas em duas chacinas em centros de saúde na cidade de Kano, no norte da Nigéria, informou a polícia.
No primeiro ataque, homens armados chegaram ao centro de saúde atirando contra as agentes de saúde e fugiram em um triciclo. Meia hora depois, um grupo de vacinadores que se preparava para sair a campo foi atacado em uma clínica nas imediações de Kano.
Ainda não se sabe se os dois atentados foram realizados pelo mesmo grupo, mas testemunhas disseram à rede de TV britânica BBC que os atiradores do segundo ataque também chegaram e fugiram de triciclo, um veículo comum na região.
Alguns líderes muçulmanos nigerianos, especialmente nas regiões mais isoladas do norte do país, não permitem a vacinação contra a pólio, pois alegam que a vacina causa infertilidade além de ser um complô do ocidente contra os povos muçulmanos.
Junto com o Afeganistão e o Paquistão, a Nigéria é um dos únicos três países onde a pólio ainda é endêmica e onde as organizações internacionais mais concentram seus esforços.
Na última semana de janeiro, agentes de vacinação também foram atacados e mortos no Paquistão, onde os talebans combatem todas as iniciativas anti-pólio alegando também que os vacinadores são espiões dos EUA.
Boko Haram
Os ataques desta sexta na Nigéria ainda não foi reivindicado por nenhum grupo, porém alguns analistas acreditam que podem ter sido cometidos por militantes do grupo islâmico Boko Haram.
O grupo, cujo lema é "A educação ocidental é proibida", está lutando para derrubar o governo local e impor a Sharia (lei islâmica). O Boko Haram foi responsabilizado pela morte de cerca de 1.400 pessoas nas regiões norte e central da Nigéria desde 2010.
FONTE: Folhapress
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