A expectativa é grande, na comunidade, para o movimento de greve de profissionais da área da Saúde a partir deste 22/07. Os agentes comunitários de saúde estão parados desde a semana passada. Para a partir das 9h, está prevista a adesão de médicos, dentistas,
enfermeiros, técnicos de enfermagem que atuam em programas da Prefeitura, além de servidores do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Enquanto as categorias afirmam que há pontos indispensáveis a serem resolvidos pela administração municipal, a secretária de Saúde de Bagé-RS, Aura Stella (Téia) Pererira afirma que fará o possível para que a população não seja prejudicada com a suspensão dos serviços.
O vice-presidente do Sindicato dos Agentes Comunitários do Rio Grande do Sul, Paulo César Veiga, salienta que dos 97 profissionais, 90 estão em greve. A exigência da categoria, além da certificação dos agentes comunitários que já atuam no município, é que o projeto em tramitação na Câmara de Vereadores para a contratação emergencial de novos agentes seja no regime celetista e não estatutário. "Já tivemos um primeiro passo na proposta de certificação e queremos a realização de concurso público para acabar com essa novela que já vem há anos", frisa Veiga.
O Sindicato dos Profissionais de Saúde Coletiva (Sinprosc) quer a recontratação dos profissionais dispensados com o fim do convênio entre Prefeitura e Santa Casa. O tesoureiro da entidade, Gérson Oliveira, destaca que a paralisação deve atingir a maior parte das 23 equipes que atuam no Estratégia Saúde da Família. Sobre a necessidade de que 30% das equipes continuem trabalhando, Oliveira destaca que não é o entendimento. "Os serviços essenciais são na área hospitalar e médica. O Samu irá manter esse efetivo. Mas a rede pública dos postos de saúde tem a ver com gestão e não pode ser considerado serviço essencial", argumenta. "Estaremos atentos a uma possível substituição de funcionários porque isso afronta o direito de greve".
Téia revela que não foi comunicada oficialmente sobre a greve dos profissionais do Samu e do ESF. A secretária destaca que no último dia 19 esperou pela presença de representantes dos agentes comunitários de saúde em uma reunião na Procuradoria Jurídica do Município. "Fiquei esperando e eles não apareceram", pondera. Téia está em Porto Alegre, onde assina esta semana a adesão de Bagé ao programa Mais Médicos, do Governo Federal.
No último sábado a secretária foi até o Samu e conversou com o grupo que estava no local. "As exigências que chegaram até mim, principalmente a certificação dos agentes de saúde, são possíveis de atender. Vou fazer o que estiver ao meu alcance para que a comunidade não tenha a cessação dos serviços e iremos averiguar a movimentação dos grevistas nesta segunda-feira", ressalta Téia. A secretária assegura que os grevistas têm a palavra e o posicionamento dela, na tentativa de encontrar soluções, além da garantir da recontratação dos servidores dispensados pelo fim do convênio com a Santa Casa. "Quem não quiser permanecer deverá assinar um termo informando que não quer", complementa.
FONTE: FOLHA DO SUL.
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