Blog BIO ACS é vida.

GRUPO A CATEGORIA EM 1º LUGAR

Companheiros Participe do nosso Blog e Sejam Bem Vindos !

Total de Acessos em Nosso Blog BIO ACS é Vida.

COMUNICAÇÃO

COMUNICAÇÃO

ASSOCIAÇÃO


segunda-feira, 15 de março de 2021

AGENTES DE SAÚDE ENFRENTAM O CAOS EM ZONA RURAL.


À esquerda, Oseas Dantas, agente comunitário de saúde no município de Caapiranga, no Amazonas (Foto: Divulgação/CONACS)

Oseas Dantas, agente comunitário de saúde no município de Caapiranga, no Amazonas, atende 100 famílias na região, equivalente a 218 indivíduos, entre idosos e pessoas com comorbidades, que estão entre os grupos prioritários para vacina da Covid-19.

Diariamente, às 07:00h, ele sai com um planejamento de quantas famílias visitará e como chegará até elas. E sabe que a chance de não voltar para casa no mesmo dia é grande. As distâncias são longas e o transporte é feito, majoritariamente, pelo rio. Ele conta que pode levar até quatro dias para chegar a uma pessoa, muitas vezes idosa e que mora sozinha. 

É planejada uma viagem mensal e todo medicamento, junto com a equipe da saúde da família, fica embarcado na UBS fluvial, viajando por 20 dias, passando por Manacapuru e várias outras comunidades”, diz ele. Manacapuru também é nome do rio que possibilita a chegada da saúde básica aos moradores da região.

Nascido em Caapiranga, Oseas conta que é comum, inclusive, atender parentes e acaba ficando disponível, pelo celular, 24 horas por dia, porque, apesar do município contar com unidade básica de saúde, o deslocamento é difícil e quem passa mal não tem como ir até o posto.

O trabalho dele é um retrato das dificuldades enfrentadas pelos profissionais de saúde para atender pacientes e promover o controle da pandemia de Covid-19 em regiões mais distantes do Brasil. A situação é de condições precárias e insegurança, de acordo com os responsáveis por, inclusive, fazer com que a vacina contra a Covid-19 chegue aos rincões do país.

Estradas esburacadas, longas caminhadas em chão de terra sob o sol escaldante, sacudindo no lombo de um jegue ou atravessando a nado um rio no meio da floresta amazônica. Tudo isso, com responsabilidade de carregar os frascos com as doses que visam salvar vidas. Principalmente nas regiões Norte e Nordeste do Brasil, onde os relatos dos profissionais são de falta do mínimo de estrutura para trabalhar.

Ilda Angélica Correia é presidente da Confederação Nacional dos Agentes Comunitários de Saúde e Endemias (CONACS). Conta que o agente comunitário de saúde deve residir no mesmo território que atua, pois é comum que seja “a única presença do serviço de saúde na região”. Desta forma, sabe a realidade de cada território assistido, como onde residem os indivíduos de grupos prioritários e, mais do que isso, qual a melhor forma de acessá-los.

“Temos colegas agentes que andam de uma família a outra, cerca de 7 quilômetros a pé, ou de jumento, cavalo, às vezes motocicleta. Há colegas que precisam atravessar rios a nado para assistir a essas comunidades, além da falta de equipamento das unidades de saúde nestas regiões”, relata.

Profissional retira a máscara e coloca materiais de trabalho nas costas para atravessar o rio no Amazonas (Foto: Divulgação/CONACS)


FONTE: GLOBO RURAL

Nenhum comentário: