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Começa neste sábado (08/06) a 34ª Campanha Nacional de Vacinação contra a Poliomielite, que tem por meta imunizar 12,2 milhões de crianças de seis meses a cinco anos incompletos, o equivalente a 95% da população brasileira nesta faixa etária.
Neste primeiro dia da campanha, o chamado Dia D da mobilização, 115 mil postos de saúde de todo o país estarão abertos para administrar a vacina oral, a chamada gotinha.
Realizada em parceria com as secretarias estaduais e municipais de Saúde, acampanha se estende até o dia 21 de junho.
O Ministério da Saúde está investindo R$ 32,3 milhões na campanha deste ano, dos quais R$ 13,7 milhões foram destinados à aquisição das 19,4 milhões dedoses da vacina oral distribuídas para todo o país. O restante, R$ 18,6 milhões, foi repassado pelo Fundo Nacional de Saúde aos estados e municípios, para custear a operacionalização da campanha.
Ao lançar a campanha, nesta terça-feira (4), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou o poder de mobilização para a vacina chegar a todas as regiões do país.Cerca de 350 mil pessoas estarão envolvidas na realização da campanha. Serão utilizados 42 mil veículos, entre terrestres, marítimos e fluviais.
Como em todos os anos, o ministro Padilha ressaltou a importância da vacinação, apesar de o Brasil não apresentar casos de poliomielite desde 1989 e de manter,desde 1994, o certificado de erradicação da doença, atestado pela Organização Mundial da Saúde (OMS). “Em muitos países, o vírus da paralisia infantil aindacircula, por isso é importante mantermos as nossas crianças protegidas do vírus”, explicou o ministro.
Seguindo recomendação da OMS, desde o ano passado, as duas primeiras dosesda imunização, aos dois e aos quatro meses de idade, são com a vacina injetável, com o vírus inativado, que substituirá a vacina oral quando ocorrer a erradicação dadoença no mundo.
De acordo com o secretário de Vigilância em Saúde, Jarbas Barbosa, a vacina injetável é segura e, de acordo com os estudos, não há possibilidade de uma criança via a ter poliomielite se tiver o esquema vacinal completo e em dia contra a doença. ”A vacina injetável é mais segura exatamente no período em que a criança poderia apresentar algum risco de evento adverso por causa da vacina oral”, afirmou Barbosa.
Atualização do calendário
A campanha é também uma oportunidade para que as crianças que estão com calendário de vacinação incompleto tomem as vacinas que faltam, por isso é importante que os pais e mães levem até o os postos de saúde as cadernetas devacinação das crianças a serem imunizadas. “Caso esteja faltando alguma vacina, os pais podem programar junto com o posto de saúde a melhor data para a criança tomar as doses que estão faltando”, explicou o ministro.
Brasil serviu de exemplo para o mundo
O Brasil serviu de exemplo para outros países ao adotar, a partir de 1980, a estratégia anual de campanhas nacionais de vacinação contra a poliomielite em duas etapas, vacinando crianças menores de cinco anos de idade independente do estado vacinal anterior.
Apesar de não haver registro de casos de pólio no país, os profissionais de saúdeestão em alerta sobre a necessidade de notificação e investigação de todo caso suspeito de pessoas procedentes de países com circulação da doença.
De acordo com a OMS, entre os anos de 2011 e 2012, 16 países registraram casos da doença. A maioria é decorrente de importações do poliovírus selvagemde países endêmicos (Afeganistão, Nigéria e Paquistão) ou de países que restabeleceram a transmissão (Angola, Chade, República do Congo).
Em 2012, foram registrados 223 casos, sendo que 217 (97,3%) foram nos países endêmicos e 6 (2,7%) nos não endêmicos. É uma redução de 36,9% no númerode casos de poliomielite no mundo, quando comparado ao mesmo período de2011 (604 casos). No ano de 2013, até o dia 22 de maio, foram registrados 32 casos, sendo 8 no Paquistão, 22 na Nigéria e 2 no Afeganistão.
Fonte: Portal Planalto
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